Quando eu era adolescente comecei a estudar tarot e uma mestra no assunto certa vez me disse:
– “Preste atenção no manuseio do baralho. Você não precisa saber jogar para receber suas mensagens. Cada carta carrega em si a história do mundo, os segredos da vida e tem vida própria. Na medida em que você for criando intimidade com seu baralho ele irá se manifestar, independente de jogo e de disposição das cartas. Muitas vezes uma carta que teima em cair das suas mãos enquanto você as embaralha pode estar querendo lhe dizer algo, talvez indicar um caminho ou ainda demonstrar algo marcante para você.”
Guardei com carinho estas palavras, assim como todas as outras que se seguiram após estas e me fiz uma estudante atenta. O ano era 1991 e eu então uma jovem de 18 anos recém incorporada ao mercado de trabalho adquirira meu primeiro baralho de tarot. Por meses a fio fiz o que minha amigabruxamestra me havia passado e apenas o manuseava, embaralhava, examinava lâmina por lâmina e mesmo antes de eu dominar o jogo em si uma carta teimava em se expor para mim: o Ás de Copas.
“As gotas de chuva sugerem a natureza estimulante da situação, e você sente que pode criar com essa taça tranbordante e tem oportunidade de encontrar a felicidade interior” (Rena Terhef)
“A busca do Graal é a mesma coisa que a busca da iluminação divina, da salvação da nossa divisão e da busca; poratanto de um estado de graça” (Hajo Banzhaf)
“Um coração roxo em formato de asa que se eleva de um vaso repleto de um poder de amar que tem um alcance supremo. Este vaso encantado está sempre cheio, pois dar amor gera mais amor do que foi dado. … Como acontece no começo de um caso de amor, tudo neste sonho está realçado pelo brilho transcedental do amor.” (trechos do Sonho por Monte Farber)
Aos poucos fui entendendo seu significado mas meu ceticismo e rebeldia juvenil se negaram a arredar pé para que eu pudesse enfim enchergar o amor.
Em meados de 1992 ele surgiu na minha vida. Isto ocorreu depois de alguns namoros não tão bem sucedidos e eu tentava forjar inutilmente um desinteresse. Em janeiro de 1993 tive de me render ao que as cartas já vinham me avisando há mais de um ano. Me rendi a um amor supremo e arrebatador que me move até os dias atuais.
Agora o meu Ás de copas é graças a ele, hoje meu marido, como a foto que ilustra este post.
É seu aniversário e como quem faz um brinde à vida lhe dedico este Graal cheio com meu amor , aqui representado por uma simples taça de vinho.
Feliz 37!
Caderno de Cabeceira 
Você executiva dela não..Confundi, que ela era a sua executiva..
rsrs
Sua mãe é um amor! E a Mariceli é minha executiva/amiga há quase 3 anos, nos damos muito bem.
Obrigada pelo carinho com que vc se refere a minha pessoa mesmo sem me conhecer.
Um abraço fraterno.
Olha como Santos é literalmente um ovo. Estava eu pela manhã verificando se tinha recados pra mim, mas logado o Orkut da minha mãe, e reconheci uma foto que conhecia a principio por blog. Entrei e vi que era o teu, e que ainda tinham em comum a Má.. Maricelli, minha fofa.Uma amiga de longa data, confidente, colega, quase família mesmo. E conversa vai, conversa vem com ela aqui em casa a noite, ela disse que você era a executiva dela. O mais engraçado de tudo, é que ela descreveu você do jeitinho que eu te imaginava. Santos é realmente um ovo né?! Detalhe que fiz uma propaganda enorme do seu blog, que lia sempre..rsrs Agora as duas estão curiosas, vão passar por aqui, com certeza…
Ahhh, a minha mãe é a Rosemeire, também executiva da Avon…rs
Ahhh(2)…. Feliz dia dos pais para todos os pais!!!
Já tirei cartas também, mas não são para mim. Gosto que leiam para mim, e não o contrário! Não consigo ler para os outros, independente do número de estudos que já fiz. Creio que seja para o melhor.
E lindo texto, linda homenagem. Essas cartinhas, ah, sempre têm razão!
Que lindo!!
O ás de copas também me aparece com frequência.
Associei à frase “minha taça transborda”, que penso quando estou sentindo muito carinho por alguém.